Segundo Hart; Moinsmann e Falcke (2016) a infidelidade financeira se refere à ideia de traição financeira, quando um dos cônjuges mente sobre questões relacionadas às finanças do casal.
Geralmente são situações relacionadas à omissão ou alteração de informações sobre o valor dos gastos e dívidas, contas bancárias e até mesmo outras fontes de renda.
Portanto, ser infiel financeiramente é quando um dos parceiros não é totalmente honesto com relação às finança, há segredos entre eles.
Exemplos:
- Esconder dívidas;
- Mascarar gastos;
- Não revelar investimentos...
Quais as consequências desse comportamento?
No médio e longo prazo, a infidelidade financeira pode acarretar prejuízos não só às finanças do casal, mas, no relacionamento como um todo.
O fato de não ser transparente em relação às finanças pode gerar a perda da confiança e isso ocorre quando o par descobre a mentira ou omissão de algo.
E independente de ser uma mentirinha (uma comprinha pequena escondida) ou algo mais intrincado (como altas dívidas) o sentimento de confiança é abalado.
Essa falta de transparência pode instalar um distanciamento do casal, colocando em risco a construção de uma vida a dois.
O que fazer então?
Uma das maneiras mais eficazes para lidar com o problema é ser transparente não só em relação ao comportamento de infidelidade nas finanças, mas, conversar sobre o motivo que levou àquela situação, como também compreender as crenças desenvolvidas sobre dinheiro (autoconhecimento é fundamental).
Através da empatia, do diálogo e da busca de transparência, o casal poderá reconstruir a confiança e a harmonia relacional.
O que mais pode ser feito?
- Tracem planos em conjunto;
- Aprendam sobre gerenciamento financeiro;
- Utilizem planilhas;
- Busquem ajuda terapêutica.
* Andréia Medina: Apaixonada pela profissão, empática e sensível. Ama ler. Além de psicóloga, é esposa do Toninho e mãe da Laís.
CRP 08/24073
Referência:
HART, Jenniffer; MOISMANN, Clarisse Pereira; FALCKE, Denise. Manejo do dinheiro pelo casal e infidelidade financeira. Estud. pesqui. psicol. [online]. 2016, vol. 16, n. 1, pp 260-276. ISSN 1808-4281.
Comments