Você já ouviu falar na Teoria do Apego?
A Teoria do Apego foi desenvolvida pelo psiquiatra, psicólogo e psicanalista John Bowlby, entre a década de cinquenta e sessenta, essa teoria visa explicar como ocorre – e quais as implicações para a vida adulta – dos fortes vínculos afetivos entre o bebê humano (criança) e seu provedor (cuidador) de segurança e conforto.
Levine (2013) relata que "o apego adulto indica "três estilos de apego" principais, ou maneiras como as pessoas percebem e reagem à intimidade em relacionamentos, que são paralelos aos que se encontram nas crianças: o seguro, o ansioso e o evitante.
"Seguros: sentem-se à vontade com a intimidades e são usualmente calorosos e amorosos;
Ansiosas: desejam intimidade, ficam, com frequência, preocupadas com seus relacionamentos e tendem a duvidar sobre a capacidade de seu parceiro de amá-las;
Evitantes: igualam a intimidade à perda de sua independência e constantemente tentam minimizar a proximidade".
Além disso, as pessoas , em cada um desses estilos de apego, diferem:
na visão que têm da intimidade e do estar junto;
na maneira como lidam com o conflito;
na atitude em relação ao sexo;
na capacidade de comunicar seus desejos e necessidades;
em suas expectativas em relação ao parceiro e ao relacionamento.
"Todas as pessoas em nossa sociedade, sejam aquelas que estão apenas começando a sair com alguém, sejam aquelas casadas há 40 anos, entram em uma dessas categorias ou , mais raramente, numa combinação das duas ultimas (o ansioso e o evitante)".
Por que é importante conhecer os estilos de apego?
Porque é uma maneira de compreender e prever o comportamento das pessoas em situações românticas, ou seja, essa teoria nos ajuda a entender o nosso estilo de vínculo afetivo e que estamos "predeterminados" a agir de determinada maneira nos relacionamentos amorosos.
O que eu faço para desenvolver um apego seguro já que sou uma pessoa adulta?
Primeiramente precisamos entender que trabalhar o apego é uma questão difícil, porque está tão arraigado em nós desde a infância. No entanto, todos nós podemos atualizar os nossos sentimentos ao longo da vida e assim é possível sobrepujar o estilo de apego inseguro e avançar em direção a uma maior segurança, confiança e bem-estar.
Desenvolver novas experiências de vínculos positivos também podem levar ao apego seguro, pois a pessoa se sentirá amada, compreendendo que pode contar com as outras pessoas e explorar o mundo a sua volta.
Possivelmente a mudança levará um tempo e muitas vezes os padrões antigos voltarão a emergir, mas, com consciência e perseverança pode aumentar o bem-estar e a qualidade dos relacionamentos.
Referência:
LEVINE, Amir. Apegados. Ribeirão Preto (SP): Novo Conceito Editora, 2013
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