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"Dois homens se desentenderam. Para resolver a contenda, foram a um juiz sufi e pediram que ele servisse de árbitro. O reclamante apresentou sua reivindicação. Foi muito eloqüente e convincente na argumentação. Quando terminou, o juiz acenou com a cabeça em sinal de aprovação e disse: "Tem razão".
Ao ouvir isso, o acusado pulou do banco e falou: "Espere um pouco, senhor juiz. O senhor nem sequer ouviu o meu lado da questão". O juiz, então, disse ao acusado que apresentasse os seus argumentos. Ele também foi muito persuasivo e eloquente. Quando terminou, o juiz disse: "Tem razão".
Quando o escrevente viu aquilo, saltou do banco por sua vez e ponderou ao juiz: "Senhor juiz, os dois não podem estar certos". O juiz olhou para o escrivão e disse: "Tem razão".
Essa historinha representa o que acontece no consultório ao atender os casais, ou seja, cada um tem seu modo de enxergar a situação, seus argumentos, sua percepção. Cada um tem a sua verdade depende da perspectiva que olhamos.
Sendo assim, para que o casal saia desse contexto de disputa de razões, a empatia é um importante caminho para conseguirmos olhar para aquela situação com os óculos do nosso par.
Sair do modo ataque, respirar, pausar, dar um tempo para que as emoções se acomodem, se torna relevante nesses momentos.
Conflitos acontecem, a questão é como iremos lidar com eles.
Abraços da psi,
Andréia Medina
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